“Guardiãs da Memória“ - esse o nome da nova coleção da marca Catarina Mina, que homenageou cerca de 450 artesãs de mais de 30 comunidades cearenses. Essa rede preserva a tradição trabalho manual, que vem sendo transmitido de geração para geração.
Responsável pelo design dos 40 looks apresentados no desfile da SPFW, Celina
Hissa colocou em cena sua paixão por rendas, bordados, marchetaria e crochê. “O
sucesso das nossas roupas prova como a ressignificação do artesanato nacional coloca o nosso país como importante presença no mercado de moda sustentável”,
expõe.
Os lançamentos destacam técnicas, como o filé (trabalho característico da cidade de Jaguaribe), o bilro (desenvolvido pelas rendeiras de Trairi), além do labirinto, presente também em alguns acessórios.
Palha de carnaúba (também conhecida como árvore da vida) e palha do
croá, materiais extraídos, respectivamente, de palmeiras e
plantas foram transformadas em tecidos
para compor roupas e atraentes bolsas.
Utilizando a magia das cores, Hissa mescla esses diferentes materiais à seda e linho para compor vestidos, saias, camisas, conjuntos de shorts e casacos, além de acessórios, como bolsas que exibem a arte da marchetaria, pulseiras e brincos tamanho gigante. Com caimento impecável, as peças de alfaiataria, desenvolvidas em linho ou seda, mostram o perfeccionismo da modelagem.
Fotos: @lucindapbastos |
Mais do que simplesmente colocar produtos no mercado, a marca busca dar autonomia financeira e alavancar a autoestima das artesãs, que passam a ser reconhecidas por seus trabalhos. E olha que coisa boa: todas as peças da Catarina Mina trazem um QR Code anexado à etiqueta, com informação da identidade da artesã responsável pela criação, e sua localização geográfica no mapa.
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