Emocionante e
inspirador: esses os adjetivos adequados
para classificar o último desfile
do SPFW-N55, protagonizado por Lino Villaventura. Pode-se dizer que o evento de moda fechou
com “chave de ouro”. O tom da apresentação
foi teatral, com performática impecável marcada por expressões corporais dramáticas. Afinal,
ocuparam a passarela nomes renomados na arte da interpretação, como os atores Reynaldo
Gianecchini, Sérgio Marone, Gianne Albertoni e Silvia Pfeifer .
Esse cast de peso mostrou/interpretou as criações do estilista e vanguardista de artwear no Brasil, que soma nada menos que 45 anos de tarimba. Todo esse tempo de dedicação fundamenta sua habilidade no manejo dos tecidos nobres: ele cria texturas e volumes tridimensionais com a facilidade de quem cozinha um pacote de macarrão.
Pode-se dizer
que Villaventura cria esculturas em
forma de roupas.
A coleção - recheada de plissados/nervuras em tecidos delicados - utiliza materiais brilhosos
ou iridescentes; insinuantes transparências,
recortes em sugestiva assimetria,
costuras geométricas e bordados sobrepostos. Fiel ao
estilo do criador, as peças mesclam ares futuristas com toques medievais.
Mais destaques desse novo capítulo da moda by Lino: golas
altas, fendas bem colocadas, novidades
em jeans e plástico, conjuntos monocromáticos com calças folgadas, decotes
surprise e bem tramados nas costas, plissês
caprichosos, estamparia em degradê e
recorrência da técnica de tingimento tie
dye.
Fotos: Zé Takahashi (@agfotosite) |
Causaram frisson na platéia os lançamentos que exibem fluidez e movimento, graças às caudas ou capas fartas se arrastando e ganhando incríveis movimentos nas passarelas. Daí a escolha de atrizes/atores no casting.
Teatralidade
Fotos: Lucinda Bastos |
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