Mônica Sampaio faz parte da
nova geração de mulheres pretas maduras do Brasil. De engenheira eletricista à executiva de multinacionais e com passagem
pelo Exército, deu o grande salto para o estilismo. Foto acima: Zé Takahashi (@ag.fotosite)
“Desde menina, criava minhas próprias roupas, pois não me sentia representada nas peças que encontrava no mercado. Sou uma mulher negra, em diáspora, que faz uma moda global”, se define Mônica.
Aos 45 anos, ela decidiu realizar o sonho de ser relevante na criação de roupas. Hoje, aos 60,
é considerada uma das grifes mais
emblemáticas do SPFW: suas propostas autorais e inclusivas abraçam questões como identidade,
liberdade de corpos e antietarismo.
Inspiração na rainha
empoderada
A coleção que Mônica assina
para sua marca Santa Resistência e que acaba de apresentar, na SPFW, prioriza maxi flores bem femininas, em tecidos que
exalam aromas de azeite e perfumes calientes, e nas cores que resumem a essência
espanhola: vermelho e preto.
Os lançamentos são
inspirados em Maria Padilla (1334-1361),
amante e amada do rei Dom Pedro I de Castela, que era casado com a princesa
francesa Branca de Bourbon. Mas coube à Maria dar à luz os quatro filhos do monarca espanhol. Enfim, ela foi, em sua
breve trajetória, uma mulher empoderada até morrer, aos 25 anos, como vítima da pandemia de peste bubônica.
0 comentários :
Postar um comentário