Há três anos, Fernanda Motta (imagem acima) foi diagnosticada com câncer de mama. Desde então a atriz se tornou uma voz da causa, procurando alertar sobre a importância do diagnóstico precoce. Ela está livre do câncer há quase dois anos e continua os exames de rotina a cada seis meses.
"Passar por um tratamento - ou receber
esse diagnóstico associado a algo tão
pesado na nossa sociedade - molda a
forma como vemos a vida e nós mesmos. O
processo não é leve, mas não me
derrubou. Fiz várias sessões de quimioterapia e, depois, a mastectomia. A
cirurgia abala nossa autoestima. Mas procurei
me ver linda, usando roupas e acessórios
que amo e um poderoso batom vermelho.
Tentei seguir sendo a mulher que já era, com minhas vaidades e desejos",
conta.
Reconstrução
Outubro Rosa é o mês dedicado à
conscientização do câncer de mama. A campanha alerta sobre a importância de exames
preventivos para o diagnóstico precoce, que agora inclui o câncer de colo de útero.
Como parte do tratamento, algumas mulheres fazem mastectomia para retirada
parcial ou completa da mama. “A partir deste procedimento existem opções de
reconstruções, que podem ser feitas no
mesmo dia da retirada do câncer ou após a cicatrização da primeira cirurgia”,
explica Thamy Motoki, cirurgiã plástica.
A médica conta que, na maioria dos casos, a reconstrução é
realizada com o próprio tecido mamário. “Quando é retirada
somente a glândula (com preservação da pele), podemos optar pelo uso de
próteses de silicone”, diz. Nas cirurgias mais extensas pode-se reconstruir a
mama com retalhos locais e colocação da prótese. Também é possível operar a mama sadia (sem câncer), por meio do
procedimento de simetrização, para deixar
as duas proporcionais.
Ajuda dos Cosméticos
Alguns produtos são pensados para
melhorar a autoestima dos pacientes de
câncer, que podem apresentar perda de cabelo ou problemas dermatológicos. Visando especialmente esse público, Natália Brezinski fundou a Lieve, empresa de
cosméticos que produz itens de beleza para
elevar o bem-estar e a autoestima de
pacientes oncológicos.
Os produtos são hipoalergênicos, veganos, cruelty free e livre de parabenos, sulfatos e petrolatos. Utilizam apenas ingredientes naturais, dermatologicamente testados e ideais para peles sensíveis e irritadas de quem está em tratamento.
“Nossas fórmulas foram estudadas com
base neurocientífica para trazer experiências sensoriais prazerosas nos
momentos de autocuidado com a pele. São texturas inovadoras para higienizar,
hidratar e restaurar a barreira cutânea, e que se fundem na pele de maneira
extremamente delicada”, garante a empresária.
Natália sugere que essa linha de cosméticos pode amenizar os efeitos dos tratamentos comuns, que envolvem dores e
desconforto. “Esses pequenos momentos de felicidade, durante as rotinas de cuidados com a pele, o
banho, a preparação para dormir e até para relaxar, acabam beneficiando os pacientes em qualquer fase do tratamento”,
finaliza,
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Tatoo reconstrói a aréola
No projeto Y Rosa, desde 2018 o
tatuador carioca Yurgan Barret ajuda mulheres
mastectomizadas através de tatuagem realista para reconstrução da aréola
( pele mais corada e escura que rodeia o mamilo).
A edição deste ano acontece, este mês, no Yurgan Tattoo Studio, no Recreio dos Bandeirantes, no Rio de Janeiro. Mas Yurgan quer mais: visando expandir o atendimento, ele firmou parceria com uma empresa farmacêutica para beneficiar, ao longo do ano, maior número de mulheres, em diferentes cidades brasileiras.
“O atendimento vai se estender de janeiro a
janeiro. Afinal, sempre tem muita gente precisando dessa solução”, expica Anne Barret, sócia do estúdio de tatuagem e esposa
de Yurgan. Informações e inscrições
pelo site: www.yrosa.com.br ou pelo instagram @yurgantattoo
Sutiã para mastectomizadas
Em adesão ao outubro rosa, a Liebe lançou
um sutiã desenvolvido com tecnologias
exclusivas para mulheres mastectomizadas (que sofreram retirada total ou
parcial das mamas).
A modelagem apresenta
aberturas adaptadas para uso de próteses mamárias removíveis, costuras internas
embutidas que não incomodam no pós-operatório e laterais duplas e largas em microfibra. Essa
lingerie - disponível em duas cores: nude e preto - não
possui arco ou bojo, e seu forro é feito em microfibra biodegradável, o que
garante o toque macio para oferecer
conforto.
Além disso, durante o
Outubro Rosa 10% da venda deste produto
será doado para o Instituto Protea, ONG que custeia cirurgias, exames,
consultas, radioterapias e quimioterapias contra o câncer de mama para mulheres
de baixa renda.
Apoio para o recomeço
Três mulheres que venceram o
câncer de mama fundaram a Associação Lua Rosa.
Karla Veruska, Tarcianne Patrício e
Tereza Velma se conheceram , em 2020, na rotina de tratamento (salas de espera
dos consultórios e sessões de
quimioterapia ou radioterapia).
O projeto social que administram oferece apoio às mulheres diagnosticadas com câncer de
mama, visando ampará-las não apenas no período de tratamento, mas também no pós-tratamento e na sua reestruturação na
sociedade.
Segundo Karla Veruska, atual presidente da associação, “a Lua Rosa inspira as pacientes a superar cada momento da doença e oferece suporte após a cura. Muitas delas almejam uma vida diferente da que tinham antes do diagnóstico. Oferecemos orientação para que possam empreender. Mas, para ajudar as mulheres em situação de vulnerabilidade social e econômica, precisamos de parceiros fixos, que invistam na associação não somente no mês de outubro, mas o ano todo”, sugere Veruska. instagram: @associacaoluarosa.
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