Envolvente do começo ao fim, a
peça “A Última Sessão de Freud” tem como
tema um encontro fictício entre Sigmund
Freud (Odilon Wagner) o pai da psicanálise, e o escritor, poeta e crítico
literário C.S.Lewis (Claudio Fontana), dois intelectuais que influenciaram o
pensamento científico filosófico o século 20.
Nesse diálogo, Freud, crítico implacável da
crença religiosa, e Lewis, renomado professor de Oxford, crítico literário,
ex-ateu e influente defensor da fé baseada na razão, debatem, de forma
apaixonada, o dilema entre ateísmo e crença em Deus.
O espetáculo, com direção de
Elias Andreato e texto do premiado autor americano Mark St. Germain,
ganha curta temporada no Teatro Porto, de 1º de julho a 7 de agosto.
O texto de St. Germain é
baseado no livro Deus em Questão, escrito pelo Dr. Armand M.Nicholi Jr. -
professor clínico de psiquiatria da Harvard Medical School.
Freud quer entender porque um
ex-ateu, um brilhante intelectual como C.S. Lewis, pode, segundo suas palavras,
“abandonar a verdade por uma mentira insidiosa” - tornando-se um cristão
convicto.
Ateu/Crente
No gabinete do psicanalista, na Inglaterra, eles conversam sobre a existência de Deus, mas também focam assuntos como o sentido da vida, natureza humana, sexo, morte e as relações humanas. O sarcasmo e ironia rondam toda essa discussão. As ideias contundentes ali propostas confundem o público, por mais ateu ou crente que ele seja.
O cenário, assinado por Fábio Namatame, reproduz o consultório onde Freud desenvolvia
sua psicanálise e seus estudos. Ele estava exilado na Inglaterra depois de ter
fugido da perseguição nazista na Áustria, em plena segunda guerra mundial, no
ano de 1939.
“A peça mostra um embate de ideias, mas eu não
queria que o espetáculo se transformasse em um debate. Por isso, pelo bem da
ação dramática, situei o encontro entre Freud e Lewis no dia em que a
Inglaterra ingressou na Segunda Guerra Mundial. Então, são dois homens no
limite, sabendo que Hitler poderia bombardear Londres a qualquer minuto”,
esclarece o autor.
O diretor Elias Andreato optou
por uma encenação que valorize a palavra, construindo as cenas de modo que o
texto seja o protagonista e as ideias estejam à frente de qualquer
linguagem. “Meu interesse é despertar sentimentos e acreditar na força
de uma história. É muito prazeroso
brincar de ser outro e viver a vida dessa pessoa em um cenário realista, com
figurino de época, jogando com ficção e realidade. Isso é a realização para
qualquer artista de teatro. Depois de 25
anos de sessões de psicanálise, talvez seja necessário me deixar conduzir, cada
vez mais, pela paixão que tenho pelo teatro. É minha profissão de fé”, comenta
o diretor.
Para Odilon Wagner a
experiência de interpretar Freud é fascinante: “É um privilégio representar um personagem tão intenso e profundo,
que fez parte de nossa história recente. A construção desse personagem me fez
vibrar desde a primeira leitura. Foram meses estudando sua vida e
personalidade, para tentar trazer um recorte mais fiel possível do último ano
de vida desse grande gênio do século 20”, revela.
Ficha Técnica:
Texto: Mark St. Germain.
Tradução: Clarisse Abujamra. Direção: Elias Andreato. Assistente de Direção:
Raphael Gama. Idealização: Ronaldo Diaféria. Elenco: Odilon Wagner e Claudio
Fontana. Cenário e figurino: Fábio Namatame. Assistente de cenografia: Fernando
Passetti. Fotografia: João Caldas.
Serviço:
De 1º de julho a 7 de agosto –
Sextas às 20h; sábados às 17h e 20h; domingos às 18h.
Ingressos: Plateia R$90,00 /
Meia-entrada R$45,00
Balcão e Frisas R$70,00 /
Meia-entrada R$ 35,00
Sessão Especial Vespertina de
Sábado, 17h
Plateia R$70,00 / Meia-entrada
R$35,00
Balcão e Frisas R$50 /
Meia-entrada R$25,00
Classificação: 14 anos.
Teatro Porto
Al. Barão de Piracicaba, 740 –
Campos Elíseos – São Paulo.
Tel. (11) 3366.8700
Bilheteria:
Aberta somente nos dias de
espetáculo, duas horas antes da atração.
Clientes Porto Seguro Bank têm
50% de desconto.
Clientes Porto têm 30% de
desconto.
Vendas: www.sympla.com.br/teatroportoseguro
Facebook:
facebook.com/teatroporto
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