As mídias sociais trouxeram uma verdadeira transformação para o dia a
dia das pessoas no mundo inteiro. De repente, as celebridades não são somente
músicos ou artistas, mas também pessoas
comuns, que por alguma razão se destacam no mundo virtual e angariam
milhões de seguidores.
Em uma realidade não tão distante, ter somente seguidores não era tão
relevante quanto é hoje. Atualmente, um perfil bem engajado e em crescimento representa a possibilidade de fazer renda.
Esse glamour, que ronda a vida dos influenciadores digitais, enche
os olhos da nova geração. De acordo com a revista Trip, nos Estados Unidos já
existem mais youtubers do que psicólogos e dentistas.
Porém, a versatilidade da internet e a dimensão que os ganhos advindos
dela proporcionam escondem uma realidade frustrante para os jovens sonhadores.
“O mercado não pode absorver tantos produtores de conteúdo. Existe uma vida real
acontecendo. Por trás dos bastidores, longe dos holofotes, há pessoas com ansiedade e depressão, seres humanos
se fragmentando”, adverte a psicóloga Leninha Wagner.
Segundo essa profissional, psicólogos e psicanalistas nunca atenderam tanto. A quantidade de jovens querendo trabalhar com internet é imensa e os profissionais da saúde mental procuram desenvolver técnicas para trazer os jovens de volta à realidade do trabalho convencional.
“Redes sociais permitem constante
exercício de autoficção. As mídias digitais
escancaram a diversidade de perfis que as pessoas assumem, seja para expor a
vida ou para esconder frustrações. Com uma porcentagem de retorno tão
baixa, é difícil acreditar que profissões tão importantes para a sociedade
estão sendo preteridas. Isso ocorre porque
uma minoria prega que é fácil e
divertido trabalhar (e lucrar) apenas utilizando a tela de um celular”, opina Jennifer de Paula, BBA e especialista
em Marketing Digital, diretora da MF
Press Global, agência de comunicação internacional.
Para a diretora da MF Press Global, o que acontecerá com os sonhadores do mundo digital é o que já ocorreu com quem sonhava em viver de música. “Hoje em dia, os músicos estudam cada vez mais e estão se tornando profissionais completos. Aprendem diversas línguas, instrumentos, gestão, composição, entre outras funções necessárias para alcançarem o sucesso”, opina. Ela destaca que as métricas de vaidade podem ser importantes aliadas na avaliação vocacional de quem sonha em ser influencer.
Jennifer defende que devem ser realizados testes vocacionais para identificar as habilidades particulares de cada pessoa. “Tais avaliações consideram o perfil psicológico, a personalidade, o histórico acadêmico, as preferências, as habilidades naturais e os objetivos pessoais de cada um”, detalha a psicóloga Leninha.
Referência no que diz respeito às principais atualizações do mundo
digital, Jennifer lembra que “é importante ter amplo conhecimento em
ferramentas digitais, administração de carreiras, marketing, línguas e outras estratégias de utilização da internet. Engana-se quem
acredita não precisar de muito conhecimento para ser um influencer de sucesso”,
ressalta.
Fotos: Divulgação / MF Press Global
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