O Instituto Casa de Criadores anuncia o início de
suas atividades com novas formas de compreender, transmitir e
fazer moda. Essa plataforma de moda e design da Casa de Criadores nasce com a missão de contribuir para a construção de modernas bases para o ensino de moda no Brasil.
Os pontos de partida vêm de demandas sociais
diversas. Além de pensar na questão do acesso, em termos de gratuidade e de seleção, o
Instituto assume uma postura crítica diante dos fundamentos elitistas da
pesquisa e da produção de moda e também diante de suas práticas e estruturas
predatórias.
Com a provocação inaugural "Que moda, para
qual mundo?", o primeiro projeto do instituto é um módulo de pesquisa e
criação, oferecido gratuitamente a um grupo de 300
pessoas e também para os estilistes da Casa de Criadores. Em breve serão divulgadas informações sobre os cursos.
apresentação de alexandre dos anjos |
Iniciativa do fundador e curador da CdC, André
Hidalgo,em afinada parceria com um Conselho formado pela ativista e pesquisadora
Neon Cunha, pelo diretor criativo e comunicador de moda Dudu Bertholini, pelo
especialista em design para sustentabilidade André Carvalhal e pelo artista
plástico e performer Dudx, diretor criativo da CdC.
"O novo Instituto é uma grande ferramenta para
democratizar o ensino de moda, e desenhá-lo sob perspectivas não-hegemônicas e
decoloniais. Isso é importante para a
construção de uma moda nacional que traduza
sua realidade e alcance todo o seu potencial", avalia
Dudu Bertholini.
Missões
A CdC foi pioneira nas discussões difíceis da moda
brasileira. Conforme as tensões e as contradições surgiam, novos espaços de
discussão e prática eram criadas. “A
proposta do instituto é mais um passo dessa história em construção", pondera
Hidalgo. Ele lista algumas missões prioritárias a serem cumpridas pelo ICdC:
Criar novas bases para a educação em moda e design
no Brasil a partir de um entendimento de que não há um centro do mundo nem uma
cultura colonizadora para todas as demais.
Democratizar o acesso ao estudo e à pesquisa
cultural, não por meio de mecanismos de "inclusão" ditos neutros, mas
com base na demanda social para que a
voz de grupos oprimidos e subalternos seja ouvida.
Investir em processos que abram caminho para novas gerações de criadores em condições e dinâmicas que considerem os fundamentos e o desenvolvimento de uma economia solidária.
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