A mais aguardada das apresentações na SPFW, a
de Lino Villaventura, compensou a espera.
Aliás, ela trouxe um sopro de emoção e
perfeccionismo ao calendário do evento.
O estilista paraense – que tem lojas em Fortaleza e São Paulo - escolheu, como fonte de inspiração, imagens de cunho sombrio do artista plástico Francis Bacon, com neutralidade nas cores e nítida preferência pelo preto, o clássico atemporal.
As surpresas foram num crescendo ao longo do
desfile, que começou com propostas mais comportadas e foi aumentando em termos de transparências e volume das criações até o limite do estilo “cheguei e arrasei”.
Matérias
nobres - como tafetá/organza/gaze/jérsei
de seda, crepe da China, jacquard e
linho - constam da escolha acertada da coleção, que enfatiza trabalhos artesanais como “pregas palito” (minúsculos drapeados), desenvolvidos pacientemente e com
perfeccionismo no próprio ateliê de Villaventura.
Segue o preciosismo do "baile-desfile", com bordados manuais e brilho obtido com aplicações de cristais.
Fotos: Zé Takahashi- Fotosite |
Alguns looks, de
tão festivos e espetaculosos, têm uso restrito em festas requintadas, ultimamente tão escassas em nosso país. Mas
valeram as grandes ideias e a originalidade que identifica a marca. E valeu,
sobretudo, a beleza da moda autoral e corajosa tão necessária nessa fase de pós-pandemia.
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