O curitibano Chameleo encontrou em São Paulo um espaço para
legitimar sua identidade e divulgar a
arte que corre em suas veias, tanto na música quanto na moda. Sua estética
andrógina rivaliza com a de Pablo Vittar, de quem é amigo e parceiro no single
frequente(mente).
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chameleo e pablo vittar |
Se a roupa expressa o pensamento do usuário pode-se dizer que o cantor é isso:
um amante do desapego e das mudanças. “Raspar
o cabelo, pintá-los de tons inusitados, vestir
peças espalhafatosas, ousar nas cores, sobreposições,
coordenações e produções – tudo isso faz
parte de quem sou. Daí vem o Chameleo
, como sou conhecido”, conta.
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amor por répteis. foto mar+vin |
Ele fez a junção do seu nome próprio, Leo, com a
paixão por répteis, especialmente, “camaleão” escrito em inglês. “Como sou apaixonado por moda, os looks, não só dos clipes, mas do meu cotidiano, revelam
minhas afinidades", relata.
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paixão por moda genderless |
O cantor gosta de explorar
muito além do binário, sem se prender a considerações de que isso é de menino ou isso é de menina. "Mesclo todos esses elementos, e ainda lanço mão de transparências
e adornos volumosos para causar sensação
e questionamento”, enfoca.
Desde a infância, a
moda exerce forte impacto na construção da imagem e personalidade de Chameleo. Gay
assumidíssimo, ele garante que nunca foi de se apegar a um estilo. Sempre gostou de se olhar no
espelho e se transformar. “Quem me segue
sabe que estou constantemente
me moldando, me adaptando”, explica o cantor.
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fotos: ernna cost /Instagram |
Como não poderia ser
diferente, o símbolo de sua carreira é a figura do camaleão. Seu primeiro
álbum, recém-lançado, sugere
regeneração, através da troca de pele de Chameleo por uma nova. Na Biologia esse
processo transformador é conhecido como “ecdise”, palavra título do novo álbum. ( @chameleo_ )
Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero. Responsável por matérias especiais para o caderno B e titular de uma coluna no Diário Popular. Redatora especial e redatora de moda do City News, do grupo DCI, que posteriormente adquiriu o Shopping News e o Jornal da Semana. Idealizou e editou o Todamoda, que foi o primeiro caderno totalmente dedicado à moda no Brasil. Responsável pela execução de edições diárias em feiras nacionais de moda, como Fenit, Feninver, Feira de Moda de Fortaleza. Cobertura Internacional e pesquisas de tendências dos desfiles de alta-costura e prêt-à-porter em Paris, Roma, Milão e Londres. Docente do primeiro curso para formação de produtores de moda, ministrado pelo Senac. Foi membro do Conselho de Moda da Faap. Autora de três livros: “A Moda dos Anos 80”, “Na Moda de Corpo e Alma” e “Beleza e Qualidade de Vida de A a Z”.
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