Moda é tida e havida como uma das indústrias mais poluentes do mundo. Dizem, mas não provam que é a segunda na escala de poluição. Por isso, é urgente voltarmos para a ideia de roupas feitas para durar. O objetivo é incutir no público consumidor a ideia da longevidade da roupa, Ou seja, comprar menos priorizando a qualidade e, portanto, a durabilidade.
Como entrar no terreno das ações
politicamente corretas ?
- Utilizar tecidos com “selo verde” ou ecofriendly, como algodão
orgânico ou “desfibrados” (compostos por retalhos ou fibra de garrafa PET);
- Usar corantes naturais para tingimento dos tecidos;
- Priorizar peças clássicas de qualidade, que são mais duráveis e atemporais
- Evitar modismos relâmpagos. Jamais se deixar seduzir por
modismos do fast fashion que, às vezes, duram menos de uma estação
- Comprar em brechós
- Lembrar que repetir roupa é chique, além de ser um ato sustentável.
Existem grifes e confecções, como, a Pierre Balmain, que escolhem
os tecidos priorizando o meio
ambiente. Dessa forma, desenvolvendo coleções atemporais para durar
mais tempo, neutralizam as emissões de carbono.
A marca Burberry, por
exemplo, anunciou a compensação de
emissões de gases de efeito estufa gerados pelo desfile e convidados por causa
do deslocamento aéreo de profissionais da área de uma cidade para outra. Já Miuccia
Prada, em entrevista à Vogue, lembra que
é preciso consumir menos para salvar o planeta. Só que essa atitude é uma faca de dois gumes. Traz sim
efeitos positivos, mas também negativos.
Em suma, vender menos acarreta perda de empregos e de poder aquisitivo. A fórmula mágica para ajudar o meio ambiente passa
por estimular o desenvolvimento de novas tecnologias
para criar materiais mais sustentáveis e processos de reciclagem mais
eficientes e baratos, impulsionando o crescimento da moda circular em escala
global.
Difícil, mas não impossível,
contornar essa situação. Basta que indústrias e consumidores dêem as mão e
somem esforços.
Deise Sabbag
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