Em carta ao tradicional veículo
de moda americano Women's Wear Daily (WWD), o estlista italiano Giorgio Armani
(que completa esta semana 86 anos) argumenta que não cabe ao segmento do luxo
seguir os caminhos do fast fashion com o intuito de vender sempre mais.
Ele elogia
o movimento do slow fashion e propõe a diminuição do ritmo como a única saída
para a indústria da moda, já que nessa crise do novo coronavirus percebemos o que realmente é importante. Para
ele, as adversidades do momento devem definir uma nova paisagem.
“O declinio da indústria moda como a conhecemos começou quando a criação de luxo adaptou conceitos de fast fashion. Luxo não pode e nem deve ser rápido. Não faz sentido uma de minhas criações estar numa loja só por três semanas e se tornar obsoleta. Acho isso imoral. O cliente deve voltar a apreciar a autenticidade do luxo e valorizar sua construção”, expõe na carta.
Ele fala ainda do desperdício de dinheiro nos grandiosos
desfiles de lançamentos – segundo ele, esse tipo de ação de comunicação vai se tornar inapropriada
e até vulgar. “A atual turbulência é grande, mas a chance de discutir o que é errado está em nossas mãos”, advoga.
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