Incógnitas da elegância: há quem adote roupas e
acessórios caríssimos e nem assim consegue “ficar bem na foto”. Em contrapartida,
outros recorrem às peças simples, de preços acessíveis, e mesmo gastando pouco
acabam refletindo uma imagem elegante.
parece pouco, mas é suficiente |
A explicação?
Provavelmente, o chique provém de uma chama interior; é uma qualidade
feita de um buquê de certezas e segurança, e que emana de dentro para fora.
correção e apuro |
Sendo o tal
do garbo fundamentalmente baseado em
correção e apuro, incluindo gestual e atitude diante das pessoas e do
mundo, todo cuidado é pouco com os excessos ou empolgações. Primeiro é preciso
saber se portar, depois saber se trajar.
Audrey Hepburn |
Kenzo Takada,
estilista japonês, um dos iniciadores movimento da roupa de vanguarda em Paris, fala com propriedade que “quem se
veste muito, pensa que está construindo sua elegância, mas na verdade está
destruindo-a, porque dá a impressão que carrega a roupa como um fardo”.
Princesa Caroline de Mônaco |
Na verdade, o conceito elegância começa com uma escolha
acertada (onde predomina a máxima do “menos é mais”) e transcende os limites do
vestuário e acessórios, alcançando o terreno dos gestos, postura, andar, boas maneiras e comportamento no
cotidiano e em momentos sociais.
Resumindo, cada pessoa, diante de um imenso leque de opções, escolhe
adotar um modo de viver, que pode ser elegante ou não.
relaxamento não é descontração |
Como todo tipo de cultura, a da moda também exige um
certo exercício de inteligência. É preciso adotar as novidades com muito
critério e bom senso.
ensinamento de Chanel |
Vale evitar o que
não se harmoniza com nosso biótipo ou idade, mesmo que esteja no auge da moda.
Convém também fugir das loucuras e excentricidades. Como conselho prioritário,
o relaxamento deve ser substituído por uma descontração que tenha classe.
Catherine Deneuve |
Mas ter classe não significa se “montar” como se
fosse uma árvore de Natal. Com uma visão
futurista fora de série, há décadas e décadas atrás, Machado de Assis já
escrevia que “há pessoas elegantes e pessoas enfeitadas”.
Kate Middleton |
O que nos permite
concluir que, desde o passado, os exageros nos adornos eram considerados
inimigos mortais do bem vestir. Hoje como ontem, quem se produz demais, chama a
atenção, mas não comove pelo senso estético.
(fotos: Pinterest/Lifestyle)
Deise Sabbag
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