“Lidar com flores é, de certo modo,
uma maneira de lidar com a própria vida, sempre com sensibilidade e com a
convicção de que existe um permanente desafio de aprimoramento”, analisa o crítico
Oscar D’ Ambrosio, jornalista pela USP e mestre em Artes Visuais pela Unesp.
Pintar flores envolve toda uma
tradição e uma maneira de entender o próprio espaço. Esse tipo de reflexão
significa retomar o que já foi feito e
construir o próprio trabalho, apontando
sempre para novos e mais densos caminhos, como avalia D’Ambrosio.
Na sua visão, as flores de Sueli Dabus - vencedora do 3º Prêmio Bienal de Firenze - mesclam simultâneamente dois pontos de vista complementares. De um lado, um sentimento de dentro para fora, ou seja, a
liberdade de encontrar no gesto as respostas para inquietações interiores. De
outro, captar as impressões, de fora para dentro, daquilo que a natureza está a
dizer.
“Uma primeira interpretação da flor
está naquela visão que a entende como o símbolo da paixão sem controle e da
beleza. Observando as flores que a artista pinta, percebe-se que sua maior preocupação é unir a técnica à
sensibilidade. E isso não é tão simples como pode parecer, já que engloba uma
pesquisa constante e a convicção de que arte é algo visceral, sem o qual a
existência perde um pouco de seu sentido”, finaliza o crítico, que é doutor
em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana
Mackenzie.
Mais informações: www.suelidabus.com.br
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