A marca acaba de lançar a coleção terráqueos, que foi apresentada no Super Talents, em Milão,
durante a semana de moda italiana, em fevereiro último. O trabalho segue o forte DNA em crochê e tricô, temas combinados às estampas manuais assinadas pela artista mineira Thereza Nardelli
(Zangada).
Com essa coleção, a empresa expande sua reflexão sobre a diversidade dos
corpos, que permeou os primeiros anos da marca. A experimentação, aliada ao
design que subverte o "tradicional", é instrumento de questionamento e resistência. "Desde
cedo aprendemos os padrões que devemos seguir, a maneira de nos
portar, as escolhas que temos que fazer. Não seguir essas normas sociais é uma
forma de protesto e de nos
posicionar, mostrando o que realmente
somos: múltiplos", explica a Célio
Dias.
Crochê e Tricô em Alta
O posicionamento de
"contracultura" é percebido também na forma de desenvolvimento do
trabalho da marca. Enquanto a moda tradicional se baseia nas estações do ano, a
Led aposta em coleções menores e atemporais. A escolha dos materiais, cores e
acessórios se descola da variação climática para se basear em narrativas. Os
moldes, sempre muito amplos, carregados em volume, procuram não demarcar os
limites do corpo.
Na linha terráqueos, por exemplo, a marca usa cartela de cores intensas e materiais
inovadores como plataforma de minuciosos trabalhos manuais, já em escassez na
cadeia produtiva da moda. O crochê e o tricô ganham grande destaque. A
estamparia assinada pela Zangada tece uma critica política ao cenário que se
estabelece no Brasil.
As collabs, que permeiam a trajetória
da Led, seguem como um dos pontos-chave para o desenho da figura proposta
por terráqueos. Os acessórios, calçados e óculos que compõem a
coleção foram desenvolvidos em parceria com outras marcas mineiras. Os tecidos com alto poder
tecnológico são da Texprima - apoiadora da marca.
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